Raça é um conceito para categorizar diferentes populações de uma mesma espécie biológica desde suas características físicas. A origem da palavra "raça" é obscura. Alguns estudiosos entendem que a
sua etimologia provém da palavra latina "radix", que significa raiz ou
tronco; enquanto outros acham que ela tem origem na palavra italiana
"razza", que significa linhagem ou criação. Seja qual for a sua origem,
ela foi introduzida na literatura científica há cerca de 200 anos e
desde então tem aparecido em tantos diferentes contextos que até hoje a
palavra "raça" não teve o seu significado exatamente claro. Na antropologia, eram utilizadas várias classificações de grupos
humanos, conhecidos como "raças humanas", mas desde que começou-se a
usar os métodos genéticos para estudar populações humanas, essas
classificações e o próprio conceito de raças humanas deixaram de ser
utilizados, persistindo o uso do termo apenas na política. Raça
humana é normalmente uma classificação de ordem social, onde a cor da
pele e origem social ganham sentidos, valores e significados distintos.
As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo,
conformação facial e cranial, ancestralidade e, em algumas culturas,
genética. Algumas vezes utiliza-se o termo raça para identificar um grupo
cultural ou étnico-linguístico, sem quaisquer relações com um padrão
biológico, e nesses casos pode-se utilizar termos como população, etnia,
ou mesmo cultura. O termo "raça" ainda é aceito normalmente para designar as variedades de animais domésticos e animais de criação como o gado.
O que é discriminação?
Discriminaçãoé um substantivo feminino que significa distinguirou diferenciar. No entanto, o sentido mais comum desta palavra aborda a discriminação comofenômeno sociológico. A
discriminação acontece quando há uma atitude adversa/contrária perante uma
característica específica e diferente. Uma pessoa pode ser discriminada
por causa da sua raça, do seu gênero, orientação sexual, nacionalidade,
religião, situação social, etc. Uma atitude discriminatória resulta na destruição ou comprometimento
dos direitos fundamentais do ser humano, prejudicando um indivíduo no
seu contexto social, cultural, político ou econômico. A
discriminação racial é das formas mais frequentes de discriminação, e
consiste no ato de diferenciar, excluir e restringir uma pessoa com
base na sua raça, cor, ascendência ou etnia. Existe também a
discriminação social (quando uma pessoa é tratada de forma desigual por
pertencer a uma classe social diferente) e religiosa (quando uma
pessoa é marginalizada por causa da sua religião). De acordo com o artigo 7 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, "todos
são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação." Ao longo dos anos, a Organização
das Nações Unidas (ONU) tem feito vários esforços para erradicar a
discriminação nas sociedades das nações integrantes.
A segregação/separação e exclusão social são resultados graves da discriminação, que têm um impacto muito negativo na sociedade.
Discriminação positiva
A discriminação positiva acontece
quando uma pessoa que pertence a um grupo que sofre frequente
discriminação é favorecida por isso. Assim, uma pessoa que normalmente é
prejudicada, é favorecida, de forma a criar uma sociedade mais
equilibrada. Por exemplo: Quando uma empresa contrata um indivíduo negro
simplesmente porque pessoas negras costumam ser discriminadas.
O que é preconceito? O preconceito é resultado das frustrações das pessoas que podem até se
transformar em raiva ou hostilidade. Muitas vezes pessoas que são
exploradas, oprimidas, “mal amadas” não podem manifestar sua raiva com o
opressor, então deslocam sua hostilidade para outros que consideram
inferiores resultando aí a discriminação e o preconceito. Ele pode aparecer através das formas mais comuns que é o
preconceito social, racial e sexual. Nas características comuns a
grupos, serão preconceituosas quando partir para o campo da
agressividade ou da discriminação. O preconceito faz parte do domínio da
crença por tem uma base irracional, não do conhecimento que é
fundamentado no argumento ou no raciocínio. Existe também o preconceito linguístico, que consiste numa discriminação
sem fundamento contra variedades linguísticas. Esse preconceito é
também um preconceito social, e tem como alvo pessoas que falam de forma
diferente devido a algum motivo histórico. Marcos Bagno, professor,
linguista e escritor brasileiro escreveu a respeito do preconceito
linguístico, desconstruindo oito mitos relacionados com a cultura
brasileira e com a língua falada no Brasil. Também é possível identificar o preconceito religioso, onde um
indivíduo é discriminado pela sua prática religiosa. Por exemplo: Num
aeroporto, muitas pessoas ficam nervosas se vêem alguém e assumem que
esse indivíduo é muçulmano, pois partem do princípio que todos os
muçulmanos são extremistas/bombistas. Algumas pessoas também são
discriminadas dependendo do local onde nasceram. No Brasil, por exemplo,
muitos nordestinos são discriminados por causa do preconceito que está
arraigado na sociedade.
O que é etnia?
O termo etnia surgiu inicialmente em Israel, especificamente na época
retratada na Bíblia, onde as pessoas que ainda não tinham sido
evangelizadas, eram excluídos e diminuídos por aqueles que já tinham
passado pela evangelização.
Etnia significa povo,
e é um termo de origem grega. Etnia é utilizado para denominar um
determinado grupo que possui afinidades de idioma e cultura,
independente do país em que elas estejam. Existem diversos conflitos de
etnias, por exemplo, na África, onde as existem várias etnias.
Etnia é utilizada também de forma pejorativa, e pode revelar
preconceito contra um determinado grupo racial, ou para mostrar pessoas
excluídas, que são minoria. Etnia é exatamente a sua tradução, é um
grupo de indivíduos que possuem os mesmos fatores culturais, como
religião, língua, roupas, iguais, e não apenas a cor da pele, por
exemplo. O etnocentrismo consiste em considerar os costumes do nosso
povo melhores do que os dos outros, e por esse motivo, pode criar
discriminação em relação a outras etnias.
Música relacionada: Racismo é Burrice - Gabriel O Pensador
– O que é? Encontrar uma definição de classe social não é tarefa nada fácil, mas
todos estão de acordo com o fato de as classes sociais serem grupos
amplos, em que a exploração econômica, opressão política e dominação
cultural resultam da desigualdade econômica, do privilégio político e da
discriminação cultural, respectivamente.
O conceito surgiu no
século XIX para descrever os grandes grupos hierárquicos das sociedades
da Europa Ocidental, refletindo as mudanças ocorridas na estrutura
social com as revoluções política e industrial dos finais do século
XVIII. As antigas classificações em "estados", "ordens", ou "castas"
deixaram de fazer sentido face ao desenvolvimento de novos grupos
sociais, como o dos capitalistas industriais ou as classes trabalhadoras
fabris.
Em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista,
haverá sempre uma classe dominante, que direta ou indiretamente controla
ou influencia o controle do Estado; e uma classe dominada, que reproduz
a estrutura social ordenada pela classe dominante e assim perpetua a
exploração.
A classe social é aplicada também ao ocupacional. Os
seres humanos podem ser divididos em classes também. Algumas expressões
são comuns, como a “classe trabalhadora”, que Karl Marx chama de
proletariado. Cada indivíduo tem sua função e são separados: o grupo de
atletas, os artistas, pedreiros, professores, desempregados, etc.
A
principal tradição teórica na análise de classes deriva da obra de Karl
Marx. Este teórico tomou como ponto de referência a posse do capital e
dos meios de produção. Marx distinguiu três classes fundamentais: os
latifundiários (possuidores da terra), os capitalistas (“burguesia”,
possuidores do capital), e o proletariado (classe operária, possuidor da
sua força de trabalho). Reconhecia também a existência de grupos que
não se encaixavam nesta delimitação (como os camponeses e os pequenos
proprietários), mas considerava-os resquícios (isto é, pequeno “resto,
resíduo”) da era pré-capitalista que acabariam por desaparecer com o
avanço do capitalismo.
Max Weber, por seu lado, distinguiu
analiticamente três grandes classes - a classe dos capitalistas
positivamente privilegiados, a dos capitalistas negativamente
privilegiados e as classes médias - cada uma delas comportando mais do
que um estrato, ou seja, a estratificação das classes sociais é
estabelecida conforme a distribuição de determinados valores sociais
(riqueza, prestígio, educação, etc.) numa sociedade, como: castas,
estamentos e classes.
As classes constituem uma forma de
estratificação social, em que a diferenciação é feita a partir do
agrupamento de indivíduos que apresentam características similares, como
por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher,
pobres, ricos, etc. Para Weber, o juízo de valor que as pessoas fazem
umas das outras e como se posicionam nas respectivas classes, depende de
três fatores: poder, riqueza e prestígio; que nada mais são que
elementos fundamentais para constituir a desigualdade social. Os
valores, o modo de pensar e de agir em uma sociedade são reflexos das
relações entre os homens para conseguir meios para sobreviver.
Quais são as classes sociais?
A divisão da população brasileira em classes socioeconômicas é baseada
no Critério de Classificação Econômica Brasil, levantamento feito pela
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Essa classificação
surgiu em 1997 para medir o poder aquisitivo das pessoas, avaliando os
bens da família e o grau de escolaridade do chefe da casa. Na prática,
itens possuídos pela família valem pontos e definem a que classe ela
pertence. No Brasil, os principais bens avaliados são: quantidade de
banheiros na casa, TVs em cores, rádios, DVDs, geladeiras e freezers,
automóveis, videocassetes ou DVDs, máquina de lavar e empregada
mensalista.
O Brasil é um país composto por milhões de habitantes.
Logicamente, nem todos vivem a mesma vida. Sendo o maior país da América
Latina e tendo passado por várias mudanças políticas e econômicas ao
longo dos anos, não podemos esperar que todos possuam a mesma condição
social, pois são muitas as desigualdades. No Brasil existem pobres,
ricos e muito ricos, cada uma dessas pessoas faz parte de uma classe
social, ou seja, um grupo de pessoas que tem o mesmo poder aquisitivo, a
mesma função, os mesmos interesses.
BAIXA Possuem um
baixo poder aquisitivo e uma baixa qualidade de vida. Suas necessidades
básicas, como saúde e alimentação, são supridas com muita dificuldade, e
muitas vezes são impossibilitados de ter lazer e entretenimento. É
formada em sua maioria por operários e serventes, desempregados,
moradores de rua, vigias, faxineiras, ambulantes, bóias-frias,
trabalhadores rurais, entre outros.
MÉDIA Ao longo dos anos,
aprendemos a tratar a classe média como detentora de um poder aquisitivo
e um padrão de vida e consumo razoáveis. Assim, podemos concluir que a
classe média, tanto consegue se manter suprindo as suas necessidades
básicas de sobrevivência, quanto as necessidades não tão básicas, como
lazer e cultura. A noção de classe média varia de país para país, de
acordo com o desenvolvimento econômico, logo existem muitas classes
médias diferentes. É composta geralmente por pequenos proprietários, universitários, graduados e executivos de pequenas empresas.
ALTA
Indivíduos com alto poder aquisitivo. É composta por pessoas que não
tem nenhuma dificuldade para suprir as suas necessidades. Podem ser
enquadrados nesta classe os autônomos de renda alta, empresários e
industriais, descendentes de famílias tradicionais e ricas.
Muitos
estudiosos conseguem ainda fazer uma subdivisão, e dentro destas
classes, encontram outras, como: elite, classe média-alta, classe
média-baixa, miseráveis e classe operária. Milhões de brasileiros
migraram para as classes A, B e C. De acordo com o Ministério da
Fazenda, até o ano da Copa do Mundo, em 2014, o Brasil terá 56% de sua
população inserida na classe C. Isso demonstra um avanço econômico em
nosso país, principalmente, no desenvolvimento social.
Um novo
critério para a definição das classes sociais no Brasil será adotado a
partir de 2014 pela Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas
(Abep), que representa a atividade de pesquisa de mercado, opinião e
mídia do país. O conceito está no livro “Estratificação Socioeconômica e
Consumo no Brasil”, lançado no último dia 15, e foi elaborado pelos
professores Wagner A. Kamakura (Rice University) e José Afonso Mazzon
(FEA-USP). O critério contrasta com o usado pelo Governo Federal,
lançado em 2012 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Um dos
pontos é que estabelece sete estratos sociais, enquanto o da SAE aponta
8. A faixa de renda familiar em cada um também varia. No da SAE, por
exemplo, a renda familiar do grupo “extremamente pobre” (a base da
pirâmide) é de até R$ 324, quanto o novo modelo determina uma base com
renda média familiar de R$ 854 (que por ser média, pode variar um pouco
para cima ou para baixo).
Curiosidades
QUAL É A SUA? Conte quantos itens destes há em sua casa, some os pontos e descubra sua classe social
BANHEIRO 1 = 4 pontos 2 = 5 pontos 3 = 6 pontos 4 ou + = 7 pontos
CARRO 1 = 4 pontos 2 = 7 pontos 3 ou mais = 9 pontos
FREEZER 2 pontos = qualquer quantidade
TV 1 ponto por unidade (4 máximo)
GELADEIRA 4 pontos (qualquer quantidade)
MÁQUINA DE LAVAR 2 pontos (qualquer quantidade)
EMPREGADA MENSALISTA 1= 3 pontos 2 = 4 pontos
RÁDIO 1 ponto por unidade (4 máximo)
GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DE FAMÍLIA Analfabeto ou primário incompleto = zero Primário completo = 1 ponto Ensino fundamental completo = 2 pontos Ensino médio completo = 4 pontos Graduação completa = 8 pontos
VHS/DVD 2 pontos (qualquer quantidade)
CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA
A1 - 42 a 46 pontos A2 - 35 a 41 pontos B1 - 29 a 34 pontos B2 - 23 a 28 pontos C1 - 18 a 22 pontos C2 - 14 a 17 pontos D - 8 a 13 pontos E - 0 a 7 pontos