segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Classes Sociais - O que é e quais são.

Classes sociais
O que é?

Encontrar uma definição de classe social não é tarefa nada fácil, mas todos estão de acordo com o fato de as classes sociais serem grupos amplos, em que a exploração econômica, opressão política e dominação cultural resultam da desigualdade econômica, do privilégio político e da discriminação cultural, respectivamente.

O conceito surgiu no século XIX para descrever os grandes grupos hierárquicos das sociedades da Europa Ocidental, refletindo as mudanças ocorridas na estrutura social com as revoluções política e industrial dos finais do século XVIII. As antigas classificações em "estados", "ordens", ou "castas" deixaram de fazer sentido face ao desenvolvimento de novos grupos sociais, como o dos capitalistas industriais ou as classes trabalhadoras fabris.

Em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma classe dominante, que direta ou indiretamente controla ou influencia o controle do Estado; e uma classe dominada, que reproduz a estrutura social ordenada pela classe dominante e assim perpetua a exploração.

A classe social é aplicada também ao ocupacional. Os seres humanos podem ser divididos em classes também. Algumas expressões são comuns, como a “classe trabalhadora”, que Karl Marx chama de proletariado. Cada indivíduo tem sua função e são separados: o grupo de atletas, os artistas, pedreiros, professores, desempregados, etc.

A principal tradição teórica na análise de classes deriva da obra de Karl Marx. Este teórico tomou como ponto de referência a posse do capital e dos meios de produção. Marx distinguiu três classes fundamentais: os latifundiários (possuidores da terra), os capitalistas (“burguesia”, possuidores do capital), e o proletariado (classe operária, possuidor da sua força de trabalho). Reconhecia também a existência de grupos que não se encaixavam nesta delimitação (como os camponeses e os pequenos proprietários), mas considerava-os resquícios (isto é, pequeno “resto, resíduo”) da era pré-capitalista que acabariam por desaparecer com o avanço do capitalismo.

Max Weber, por seu lado, distinguiu analiticamente três grandes classes - a classe dos capitalistas positivamente privilegiados, a dos capitalistas negativamente privilegiados e as classes médias - cada uma delas comportando mais do que um estrato, ou seja, a estratificação das classes sociais é estabelecida conforme a distribuição de determinados valores sociais (riqueza, prestígio, educação, etc.) numa sociedade, como: castas, estamentos e classes. 

As classes constituem uma forma de estratificação social, em que a diferenciação é feita a partir do agrupamento de indivíduos que apresentam características similares, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. Para Weber, o juízo de valor que as pessoas fazem umas das outras e como se posicionam nas respectivas classes, depende de três fatores: poder, riqueza e prestígio; que nada mais são que elementos fundamentais para constituir a desigualdade social.
Os valores, o modo de pensar e de agir em uma sociedade são reflexos das relações entre os homens para conseguir meios para sobreviver.

Quais são as classes sociais?
 
A divisão da população brasileira em classes socioeconômicas é baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Essa classificação surgiu em 1997 para medir o poder aquisitivo das pessoas, avaliando os bens da família e o grau de escolaridade do chefe da casa. Na prática, itens possuídos pela família valem pontos e definem a que classe ela pertence. No Brasil, os principais bens avaliados são: quantidade de banheiros na casa, TVs em cores, rádios, DVDs, geladeiras e freezers, automóveis, videocassetes ou DVDs, máquina de lavar e empregada mensalista. 

O Brasil é um país composto por milhões de habitantes. Logicamente, nem todos vivem a mesma vida. Sendo o maior país da América Latina e tendo passado por várias mudanças políticas e econômicas ao longo dos anos, não podemos esperar que todos possuam a mesma condição social, pois são muitas as desigualdades. No Brasil existem pobres, ricos e muito ricos, cada uma dessas pessoas faz parte de uma classe social, ou seja, um grupo de pessoas que tem o mesmo poder aquisitivo, a mesma função, os mesmos interesses.

BAIXA
Possuem um baixo poder aquisitivo e uma baixa qualidade de vida. Suas necessidades básicas, como saúde e alimentação, são supridas com muita dificuldade, e muitas vezes são impossibilitados de ter lazer e entretenimento.
É formada em sua maioria por operários e serventes, desempregados, moradores de rua, vigias, faxineiras, ambulantes, bóias-frias, trabalhadores rurais, entre outros.

MÉDIA
Ao longo dos anos, aprendemos a tratar a classe média como detentora de um poder aquisitivo e um padrão de vida e consumo razoáveis. Assim, podemos concluir que a classe média, tanto consegue se manter suprindo as suas necessidades básicas de sobrevivência, quanto as necessidades não tão básicas, como lazer e cultura. A noção de classe média varia de país para país, de acordo com o desenvolvimento econômico, logo existem muitas classes médias diferentes.
É composta geralmente por pequenos proprietários, universitários, graduados e executivos de pequenas empresas.

ALTA
Indivíduos com alto poder aquisitivo. É composta por pessoas que não tem nenhuma dificuldade para suprir as suas necessidades. Podem ser enquadrados nesta classe os autônomos de renda alta, empresários e industriais, descendentes de famílias tradicionais e ricas.

Muitos estudiosos conseguem ainda fazer uma subdivisão, e dentro destas classes, encontram outras, como: elite, classe média-alta, classe média-baixa, miseráveis e classe operária.
Milhões de brasileiros migraram para as classes A, B e C. De acordo com o Ministério da Fazenda, até o ano da Copa do Mundo, em 2014, o Brasil terá 56% de sua população inserida na classe C. Isso demonstra um avanço econômico em nosso país, principalmente, no desenvolvimento social.

Um novo critério para a definição das classes sociais no Brasil será adotado a partir de 2014 pela Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (Abep), que representa a atividade de pesquisa de mercado, opinião e mídia do país. O conceito está no livro “Estratificação Socioeconômica e Consumo no Brasil”, lançado no último dia 15, e foi elaborado pelos professores Wagner A. Kamakura (Rice University) e José Afonso Mazzon (FEA-USP).
O critério contrasta com o usado pelo Governo Federal, lançado em 2012 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Um dos pontos é que estabelece sete estratos sociais, enquanto o da SAE aponta 8.
A faixa de renda familiar em cada um também varia. No da SAE, por exemplo, a renda familiar do grupo “extremamente pobre” (a base da pirâmide) é de até R$ 324, quanto o novo modelo determina uma base com renda média familiar de R$ 854 (que por ser média, pode variar um pouco para cima ou para baixo).

Curiosidades
QUAL É A SUA? Conte quantos itens destes há em sua casa, some os pontos e descubra sua classe social

BANHEIRO
1 = 4 pontos
2 = 5 pontos
3 = 6 pontos
4 ou + = 7 pontos

CARRO
1 = 4 pontos
2 = 7 pontos
3 ou mais = 9 pontos

FREEZER
2 pontos = qualquer quantidade

TV
1 ponto por unidade (4 máximo)

GELADEIRA
4 pontos (qualquer quantidade)

MÁQUINA DE LAVAR
2 pontos (qualquer quantidade)

EMPREGADA MENSALISTA
1= 3 pontos
2 = 4 pontos

RÁDIO
1 ponto por unidade (4 máximo)

GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DE FAMÍLIA
Analfabeto ou primário incompleto = zero
Primário completo = 1 ponto
Ensino fundamental completo = 2 pontos
Ensino médio completo = 4 pontos
Graduação completa = 8 pontos

VHS/DVD
2 pontos (qualquer quantidade)

CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA

A1 - 42 a 46 pontos
A2 - 35 a 41 pontos
B1 - 29 a 34 pontos
B2 - 23 a 28 pontos
C1 - 18 a 22 pontos
C2 - 14 a 17 pontos
D - 8 a 13 pontos
E - 0 a 7 pontos
Músicas relacionadas: 
O Resto Do Mundo - Gabriel O Pensador             
Retrato De Um Playboy - Gabriel O Pensador 
Fontes:
http://www.brasilescola.com/sociologia/classe-social

http://www.infopedia.pt/$classe-social;jsessionid=bvBt91TfRMS41tGUcFA63w

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-define-as-classes-sociais-no-brasil-geografia

http://www.infoescola.com/sociologia/classes-sociais/

http://classe-social.info/

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/08/veja-diferencas-entre-conceitos-que-definem-classes-sociais-no-brasil.html
 
 

2 comentários:

  1. Comparando as músicas "O Resto Do Mundo" e "Retrato De Um Playboy" podemos perceber que ambas falam de diferentes classes existentes no Brasil; na primeira música fala da pobreza, e no verso "Eu não tenho nem certeza se eu sou gente de verdade" e "Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo, eu sou... Eu não sou ninguém" e de um certo preconceito, pois mesmo que sejam pobres, ainda são humanos como qualquer outro. E na segunda música fala de um certo exagero de riqueza; "Só que quando estou sozinho só ando pelos cantos" fala que não basta ter dinheiro se não tem ninguém, dinheiro não é tudo na vida, como muitos pensam. "Não tenho cérebro, apenas me enquadro no sistema" mostra que atualmente a vida é seguida por rótulos e talvez não percebemos, ou percebemos e não aceitamos, pois muitos julgam por isso, por não seguirem seu próprio jeito de viver por medo de não ser aceitado pelos outros.
    Com base nisso, podemos perceber que a diferenciação social é muito grande, onde a grande maioria é da classe mais baixa, mais "rejeitada".

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